Onde se começa a pensar em Filosofia?
A palavra Filosofia é de origem grega, portanto nasceu na Grécia. A pronúncia da palavra Filosofia é composta por duas outras “philo” e “Sophia”, o termo “philo” deriva-se de “philia”, cujo significado é respeito entre os iguais, amor fraterno, amizade. “Sophia” quer dizer sabedoria e dela procede a palavra “sophos”, sábio.
“FILOSOFIA uma visão integrada e pessoal, que
serve especialmente para guiar a conduta e os
pensamentos do indivíduo”.
(GOODS DICTIONARY OF EDUCATION).
Este conceito abrange o uso da palavra como se emprega neste curso. Pitágoras foi quem criou o termo FILOSOFIA que significa “amizade pela sabedoria”. O termo foi criado quando Pitágoras viu que os deuses possuíam todo o conhecimento e sabedoria que existia, passando assim a perceber que o homem poderia desejar e buscar tal sabedoria plena por meio da Filosofia.
“A Filosofia é um apetite da sabedoria divina, o anseio de assemelhar-se a DEUS, tanto quanto seja possível ao homem”. (Pitágoras).
Filósofo, portanto é aquele que ama a sabedoria, que tem amizade pela sabedoria, respeito e amor pelo saber, que deseja saber. Desta forma o Filósofo demonstra um estado de espírito de uma pessoa que ama aquele que deseja o conhecimento, que o estima que o procure e o respeita.
Lembremos, porém, que amante não é dono daquilo ou de quem ele ama, mas é alguém que pretende sê-lo e não consegue ser dono, nem deve ser dono. Quando se possui o objeto amado (coisas ou pessoas), acaba o amor. Assim, o Filósofo é quem, procura chegar ao fundamento último, à essência ou à raiz das coisas e dos problemas.
“Determinada Filosofia que se aplica ao processo da
educação pública ou privada, e usada como base
para a determinação geral, interpretação e
avaliação dos objetivos, práticas, resultados,
necessidades e material de estudos educacionais”.
(Goods Dictionary of Education).
Um Filósofo faz para si este tipo de pergunta:
- O que é realidade?
- Como a realidade é?
- Porque a realidade é assim?
Estamos aprendendo na História da Filosofia, e é tempo de refletir sobre isto, pois estamos no alvorecer da era da Filosofia no mundo.
Não os convido a um curso para ganharmos alguns créditos. Convido-os a tomar posição e lutar por vidas humanas, tendo a consciência clara de que o domínio sobre os próprios pensamentos é tão necessário como o ar que respiramos, como o alimento que ingerimos, a ordem nos pensamentos é a saúde do nosso espírito. As doutrinas dos Filósofos saíram da academia de Platão: eles estão nas ruas. Suas Filosofias nós as adquirimos sem o saber. Nós adquirimos em um sistema singular de crediários: nem sabemos como as adquirimos, e nunca saberemos por quanto tempo e nem o quanto pagaremos por elas.
Uma definição precisa do termo "Filosofia" é impraticável. Tentar formulá-la poderia, ao menos de início, gerarem equívocos. Com alguma espirituosidade, alguém poderia defini-la como "tudo e nada, tudo ou nada...". Melhor dizendo, a Filosofia difere das ciências especiais na medida em que procura oferecer uma imagem do pensamento humano - ou mesmo da realidade, até onde se admite que isso possa ser feito -- como um todo. Contudo, na prática, o conteúdo de informação real que a Filosofia acrescenta às ciências especiais tende a desvanecer-se até parecer não deixar vestígios.
Acreditamos que esse desvanecimento seja enganoso. Mas devemos admitir que até aqui a Filosofia não tem conseguido realizar suas grandes pretensões. Tampouco tem logrado êxito em produzir um corpo de conhecimentos consensual comparável ao elaborado pelas diversas ciências. Isso se deve em parte, embora não integralmente, ao fato de que, quando obtemos conhecimento verdadeiro a respeito de determinada questão situamos essa questão como pertencente à ciência e não à Filosofia.
O termo "Filósofo" significava originariamente "amante da sabedoria", tendo surgido com a famosa réplica de Pitágoras aos que o chamavam de "sábio". Insistia Pitágoras em que sua sabedoria consistia unicamente em reconhecer sua ignorância, não devendo, portanto ser chamado de "sábio", mas apenas de "amante da sabedoria".
Há uma questão que muita gente formula de imediato quando ouve falar de Filosofia: qual a utilidade da Filosofia? Não há certamente expectativa alguma de que ela contribua para a produção de riqueza material. Contudo, a menos que suponhamos que a riqueza material seja a única coisa de valor, a incapacidade da Filosofia de promover esse tipo de riqueza não implica que não haja sentido prático em filosofar. Não valorizamos a riqueza material por si própria - aquela pilha de papel que chamamos de dinheiro não é boa por si mesma -, mas por contribuir para nossa felicidade.
Não resta dúvida de que uma das mais importantes fontes de felicidade, ao menos para os que podem apreciá-la, consiste na busca da verdade e na contemplação da realidade; eis aí o objetivo do Filósofo. Ademais, aqueles que, em nome de um ideal, não classificaram todos os prazeres como idênticos em seu valor, tendo chegado a experimentar o prazer de filosofar, consideraram essa experiência como superior em qualidade a qualquer outra.
Visto que a maior parte dos bens que a indústria produz, excetuando os que suprem nossas necessidades básicas, valem apenas como fonte de prazer, torna-se a Filosofia perfeitamente apta, no que se refere à utilidade, para competir com a maioria dos produtos industriais, quando poucos são os que podem dedicar-se, em tempo integral à tarefa de filosofar.
Mesmo que entendêssemos a Filosofia como fonte de um inocente prazer particularmente válido por si próprio (obviamente, não apenas para os Filósofos, mas também para todos aqueles a quem eles ensinam e influenciam), não haveria razão para invejar tão pequeno desperdício da força humana dedicada ao filosofar.
Não esgotamos, porém, tudo o que pode ser dito em favor da Filosofia. Pois, à parte qualquer valor que lhe pertença intrinsecamente acima de seus efeitos, a Filosofia tem exercido, por mais que ignoremos isso, uma admirável influência indireta até mesmo sobre a vida de gente que nunca ouviu falar nela. Indiretamente, tem sido destilada através de sermões nos púlpitos das igrejas, da literatura, dos jornais e da tradição oral, afetando assim toda a perspectiva geral do mundo.
Em grande parte, foi através de sua influência que se fez da religião cristã o que ela é hoje, lógico que devemos fazer escolhas, as escolhas são a pura Filosofia. Devemos originalmente a Filósofos idéias que desempenharam papel fundamental para o pensamento cristão e em geral, mesmo em seu aspecto popular, como, por exemplo, a concepção de que nenhum homem pode ser tratado apenas como um meio ou a de que o estabelecimento de um governo ou de uma de uma convicção religiosa depende sim, do consentimento dos governados.
No âmbito da política, a influência das concepções Filosóficas tem sido expressiva. Nesse sentido, a Constituição norte-americana é, em grande parte, uma aplicação das idéias do Filósofo John Locke; ela apenas substitui o monarca hereditário por um presidente. Similarmente, admite-se que as idéias de Rousseau tenham sido decisivas para a Revolução Francesa de 1789. É inegável que a influência da Filosofia sobre a política pode às vezes ser nefasta: os Filósofos alemães do século XIX podem ser parcialmente responsabilizados pelo desenvolvimento de um nacionalismo exacerbado que posteriormente veio a assumir formas bastante deturpadas.
Todavia, não resta dúvida de que essa responsabilidade tem sido freqüentemente muito exagerada, sendo difícil determiná-la exatamente, o que se deve ao fato de aqueles Filósofos terem sido obscuros. Contudo, se uma Filosofia humanística e de má qualidade pode exercer influência nefasta sobre a política, com as Filosofias de boa qualidade pode ocorrer o contrário. Não há meios de impedir tais influências sendo, portanto extremamente oportuno que dedique especial atenção à Filosofia com o intuito de constatar se concepções que exerceram alguma influência foram mais positivas do que nefastas. O mundo teria sido poupado de muitos horrores caso os alemães tivessem sido influenciados por uma Filosofia melhor que a dos nazistas.
Torna-se, portanto, imperativo abandonar a afirmação de que a Filosofia é destituída de valor, mesmo com respeito à riqueza material. Uma boa Filosofia, ao influenciar favoravelmente a religião, a política, pode gerar uma prosperidade incapaz de ser alcançada sob a égide de uma Filosofia inferior. Igualmente, o expressivo desenvolvimento da ciência, com seus conseqüentes benefícios de ordem prática, muito depende de seu background Filosófico. Houve mesmo quem tenha chegado a afirmar, a nosso ver exageradamente, que o desenvolvimento da civilização como um todo seria concomitante às mudanças na idéia de causalidade, da concepção mágica de causalidade à científica. De qualquer modo, a idéia de causalidade faz parte do objeto da Filosofia. A própria ‘perspectiva científica’, em grande parte, foi introduzida inicialmente pelos Filósofos.
Nessa acepção, "sabedoria" não se restringia a qualquer dos domínios particulares do pensamento e, de modo similar, "Filosofia" era antes usualmente entendida como incluindo o que hoje denominamos "ciência". Esse uso sobrevive ainda hoje em expressões como "Filosofia natural". Na medida em que uma grande produção de conhecimento especializado em um dado campo ia sendo conquistada, o estudo desse campo se desprendia da Filosofia, passando a constituir uma disciplina independente.
As últimas ciências que assim evoluíram foram a psicologia e a sociologia. Dessa forma, poderíamos falar de uma tendência à contração da esfera da Filosofia na própria medida em que o conhecimento se expande. Recusamo-nos a considerar Filosóficas as questões cujas respostas podem ser dadas empiricamente. Não desejamos com isso sugerir que a Filosofia poderá acabar sendo reduzida ao nada. Os conceitos fundamentais das ciências, da figuração geral da experiência humana e da realidade (na medida em que formamos crenças justificadas a seu respeito) permanecem no âmbito da Filosofia, visto que, por sua própria natureza, não podem ser determinados pelos métodos das ciências especiais. É sem dúvida desencorajador que os Filósofos não tenham logrado maior concordância com respeito a esses assuntos, mas não devemos concluir que a inexistência de um resultado por todos reconhecido signifique que esforços foram realizados em vão.
Dois Filósofos que discordem entre si podem estar contribuindo com algo de inestimável valor, embora ambos não estejam em condição de escapar totalmente ao erro: suas abordagens rivais podem ser consideradas mutuamente complementares.
O fato de Filósofos distintos necessitarem dessa mútua complementação torna evidente que o ato de filosofar não é unicamente um processo individual, mas também um processo que possui uma contrapartida social. Um dos casos em que a divisão do trabalho Filosófico se torna bastante proveitosa consiste na circunstância de que pessoas distintas usualmente enfatizam aspectos diferentes de uma mesma questão. Contudo, boa parte da Filosofia volta-se mais para o modo pelo qual conhecemos as coisas do que propriamente para as coisas que conhecemos, sendo essa uma segunda razão pela qual a Filosofia parece carecer de conteúdo. No entanto, discussões a respeito de um critério definitivo de verdade podem determinar, na medida em que recomendam a aplicação de um dado critério, quais as proposições que na prática deliberamos serem verdadeiras. As discussões Filosóficas da teoria do conhecimento têm exercido, ainda que de modo indireto, importante efeito sobre as ciências.
Por estarmos no alvorecer da era Filosófica, o mundo hoje está dividido pelas ideologias, que são as formas pelas quais os pensamentos assumem o corpo e atuam na sua existência. As ideologias são os conjuntos de fatores afetivos e voluntários que, envolvendo um pensamento, o transforma em uma poderosa energia dinâmica.
A sorte da humanidade está sendo decidida pelo debate dos pensamentos. Hoje nós sabemos disto, em nossos dias nós podemos ter consciência disto, e já não é mais possível adiar o encontro programado pela história do mundo.
Chegou o momento em que a presença de Filósofos parece como inadiável, e a Filosofia é reclamada por sua irrefutável necessidade. Eis por que digo tranqüilamente que estamos no alvorecer de uma era de pensar, era da Filosofia.
O Filósofo procura a essência, o significado e a origem do que se quer saber.
Filosofar é refletir. É um movimento de voltar para si mesmo. Refletir é, por exemplo, tomar o eu como objeto para refletir, posso dizer que esta é a capacidade humana que nos diferencia dos animais. Por isso somos capazes de rir de nós mesmos.
A Filosofia estabeleceu-se como o saber lógico, rigoroso, concatenando as afirmações entre si, superando, como já dissemos o senso comum.
A Filosofia é reflexão, é análise e é crítica, isto não faz dela uma religião (do verbo “religare”), porém faz uma análise crítica sobre a experiência religiosa e sobre as origens das crenças. A Filosofia não se identifica com a Psicologia, com a História, com a Sociologia, com as Ciências Políticas, por mais que haja um parentesco histórico com ela. As Ciências Humanas estudam o “Como”, enquanto a Filosofia estuda o “Por que” e “Que são” os conceitos.
Pitágoras de Samo, afirmou:
“A sabedoria plena e completa pertence aos deuses,
mas o homem poderia desejá-la ou amá-la
tornando-se Filósofo”.
Esta é caracterizada por: inclinação à racionalidade; explicações variáveis segundo os acontecimentos, banindo assim justificativas pré-moldadas; questionamentos e argumentos relacionados a um determinado caso, de modo que sejam apresentadas soluções e ou respostas concreta; difusão de pensamentos; diferenciação do que é semelhante por meio do pensamento e da razão.
Em conseqüência da mesma antiguidade da Filosofia, importa determinar como a ciência da história chegou a ela.
CARPEMA
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