quarta-feira, 2 de novembro de 2011

ORIGENS DA CIVILIZAÇÃO GREGA



Introdução

No sul da Europa, em uma região de relevo e de litoral cheio de ilhas, desenvolvemse a grande civilização grega. Uma civilização que nos deixou um vasto legado cultural, nos mais variados campos. Foi dos gregos que herdamos, por exemplo, os conceitos de cidadania e democracia.

Neste trabalho falaremos sobre a sociedade grega, sua economia, cultura e religião. A Grécia situa-se na península Balcânica, no sul da Europa. É banhada pelos mares mediterrâneo, ao sul, Egeu, a leste, e Jânio, a oeste. Na antigüidade, tinha como limite ao norte uma região denominada Macedônia.

AS TRÊS GRÉCIA

O território da Grécia antiga pode ser dividido em três grandes partes:

1. Grécia Continental à região ao norte do golfo de Corinto, localizada no interior do continente europeu.

2. Grécia peninsular à região ao sul do golfo de Corinto, a península do Peloponeso.

3. Grécia insular à região formada pelas diversas ilhas do mar Egeu e do mar Jânio, destacando-se entre elas a ilha de Creta, a maior de todas.

SOCIEDADE:

A sociedade cretense era predominantemente urbana. As ruínas encontradas revelam cidades bem planejas, com ruas, calçadas, sarjetas, lojas de comércio e casas luxuosas. Desta cavam-se, entre elas, Cnossos, Faistos, Mália e Tilisso.

A maior parte da população das cidades dedicava-se ao comércio marítimo ou as oficinas artesanais, vivendo modestamente e trabalhando para sustentar o luxo das classes altas.

Parece, no entanto, que em Creta a vida das pessoas comuns era melhor que a de outras comunidades da Antigüidade.

Vários aspectos demonstram isso:

A. A economia cretense, baseada no artesanato e no comércio, proporcionava grande número de ocupações e mais chance de escolha de trabalho.

B. “Em Creta existem poucos escravos, e eles eram geralmente estrangeiros. A
     escravidão não foi muito importante para a ida econômica cretense”.

C. “A liberdade social das mulheres cretense, liberdade não encontrada em outras regiões do mundo antigo, onde as mulheres eram semi-escravos dos homens. As obras de artes de Creta mostram mulheres passeando pelas ruas, praticando jogo e doenças, ocupando lugar de destaque nos teatros e nos circo. Eles participavam ao lado dos homens, de esportes como touradas ou lutas. Havia ainda as sacerdotisas, mais importantes do que os sacerdotes, que desempenhavam o papel principal nas cerimônias religiosas”.

Economia: (primeiro império comercial marítimo).

Os cretenses tinham uma economia rica e variada. Praticavam a agricultura, criavam animais e produziam delicadas peças em cerâmica ou metal (cobre, bronze, ouro e prata) nas inúmeras oficinas artesanais.

Mas foi no comércio marítimo que os cretense mais se destacaram. Através dele, toda produção artesanal era vendida em diversas regiões do mundo antigo, como Egito e Mesopotâmia.

Creta dominou o comércio nos mares Egeu e Mediterrâneo, criando o primeiro império comercial marítima do qual temos conhecimentos (aproximadamente dois mil anos antes dos Fenícios). A esse império dá-se o nome de talassocracia, palavra composta dos termos gregos talassos, que significa mar, e cracia, que significa poder.

Cultura e mentalidade: originalidade Devido à sua localização, a ilha de Creta funcionava como ponto de encontro entre a Europa e o Oriente Médio. Por isso o povo cretense desempenhou importante papel na assimilação de elementos culturais a Antigüidade oriental. Esses elementos depois de transformados e desenvolvidos, foram transmitidos em grande parte para a cultura grega.

Religião: os cretenses tinham uma religião matriarcal, isto é, adoravam uma deusa e não um deus.

A principal divindade era a deusa mãe, considerada a criadora de todos os seres vivos. Além de deusa mãe também cultuavam animais como o touro e o minotauro (animal mitológico), certas árvores sagradas e objetos, como a cruz. Nos cultos religiosos, matavam-se diversos animais em sacrifício oferecido aos deuses. Os cretenses acreditavam numa vida depois da morte e, por isso, enterravam os mortes com objetos pessoais e alimentos, antigos considerados necessários, para o bem estar da pessoa na outra vida.

O FILÓSOFO

A REFLEXÃO FILOSÓFICA

Reflexão significa movimento de volta sobre si mesmo ou movimento de retorno a si mesmo. A reflexão é o movimento pelo qual o pensamento volta-se para si mesmo, interrogando a si mesmo.

A reflexão filosófica é tida como radical porque é um movimento de volta do pensamento sobre si mesmo para conhecer-se a si mesmo, para indagar como é possível o próprio pensamento. Não somos, porém, somente seres pensantes. Somos também seres que agem no mundo, que se relacionam com os outros seres humanos, com os animais, as plantas, as coisas, os fatos e acontecimentos, e exprimimos essas relações tanto por meio da linguagem quanto por meio de gestos e ações.

A reflexão filosófica também se volta para essas relações que mantemos com a realidade circundante, para o que dizemos e para as ações que realizamos nessas relações. A reflexão filosófica organiza-se em torno de três grandes conjuntos de perguntas ou questões:

1. ”Por que pensamos o que pensamos, dizemos o que dizemos e fazemos o que
     fazemos?”.

2. “O que queremos pensar quando pensamos o que queremos dizer quando falamos, o
     que queremos fazer quando agimos? Isto é, qual é o conteúdo ou o sentido do que
     pensamos, dizemos ou fazemos?”.

3. “Para que pensamos o que pensamos, dizemos o que dizemos, fazemos o que
     fazemos? Isto é, qual a intenção ou a finalidade do que pensamos, dizemos e
     fazemos?”.

Essas três questões podem ser resumidas em: o que é pensar, falar e agir? E elas pressupõem a seguinte pergunta: nossas crenças cotidianas são ou não um saber verdadeiro, um conhecimento? A atitude filosófica inicia-se indagando: o que é? Como é? Por que é? Dirigindo-se ao mundo que nos rodeia e aos seres humanos que nele vivem e com ele se relacionam. São perguntas sobre a essência, à significação ou a estrutura e a origem de todas as coisas.

A reflexão filosófica, por sua vez, indaga: por quê? O quê? Para quê? Dirigindo-se ao pensamento, aos seres humanos no ato da reflexão. São perguntas sobre a capacidade e a finalidade humanas para conhecer e agir.

BIBLIOGRAFIA

PRÉ-SOCRÁTICOS, Col. “Os Pensadores”, vol. 1, seleção de textos e supervisão do prof. Dr. José Cavalcante de Souza, São Paulo,
Abril Cultural, 1978.

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

CHAUI, M. Filosofia, Série Novo Ensino Médio, Volume Único, São Paulo, Editora Ática, 2004.
CHAUI, M. Introdução à História da Filosofia – dos pré-socráticos a Aristóteles, Volume 1, São Paulo, Cia. das Letras, 2002.
COTRIM, G. Fundamentos da Filosofia: História e Grandes Temas, São Paulo, Ed. Saraiva, 7a tiragem, 2005.
KIRK, G.S., RAVEN, J. E. & SCHOFIELD, M. Os filósofos pré-socráticos, Lisboa, Fund. Calouste Gulbenkian, 1994.

O FILÓSOFO